Etapas da fertilização in vitro


1. Exames

O tratamento se inicia com os exames para o diagnóstico da infertilidade. Depois de analisar os resultados, o médico vai constatar se de facto o melhor caminho para o casal é o procedimento de fertilização in vitro.

 
As probabilidades de gravidez variam entre 20 e 35% em mulheres de até 35 anos. A partir dos 40 anos, quando os óvulos já perderam parte da vitalidade, a taxa de gravidez cai para 15%.




1. Exames

O tratamento se inicia com os exames para o diagnóstico da infertilidade. Depois de analisar os resultados, o médico vai constatar se de facto o melhor caminho para o casal é o procedimento de fertilização in vitro.

 
As probabilidades de gravidez variam entre 20 e 35% em mulheres de até 35 anos. A partir dos 40 anos, quando os óvulos já perderam parte da vitalidade, a taxa de gravidez cai para 15%.

As principais fases do tratamento de FIV são as seguintes:




 
 

·        Estimulação dos ovários

Uma vez que a FIV requer vários óvulos para maximizar as probabilidades de fertilização, os ovários


são estimulados com uma terapêutica farmacológica.

·         Aspiração dos óvulos (punção do ovário)

Quando os óvulos estão maduros, são recolhidos (aspirados) normalmente através de uma punção realizada por via vaginal. 

·         Fertilização

Depois de serem aspirados dos ovários, os óvulos são encaminhados para o laboratório onde são colocados em meio de cultura, juntamente com os espermatozóides. É nesta fase que ocorre a fertilização.

·         Transferência dos óvulos fertilizados para o útero (transferência de embriões)

Um ou dois, excepcionalmente três, embriões (óvulos fertilizados) são transferidos para o útero, 2 a 7 dias após a punção.

·         O resultado
Decorridas duas semanas, é possível saber se o tratamento foi bem sucedido.




§  punção




preparação

Assim que um casal é colocado na lista de espera para a FIV, é marcada uma consulta aprofundada. Nesta consulta, o médico explicará o procedimento (e fornecerá material informativo) e o casal terá obviamente a oportunidade de fazer perguntas. É fundamental que ambos os membros do casal esclareçam as suas dúvidas antes do início do tratamento. Serão também fornecidas informações sobre o modo de utilização das várias terapêuticas farmacológicas necessárias e, eventualmente, sobre o seu modo de administração.

Os exames preliminares serão também discutidos com o casal. Estes exames poderão incluir, por exemplo, análises sanguíneas adicionais (para rastreio de doenças infecciosas ou avaliação dos níveis hormonais) ou outro espermograma. No caso do tratamento de ICSI, será necessária uma amostra de sangue do homem para a realização de mais testes genéticos (estudos cromossómicos).

Serão também fornecidas ao casal mais informações sobre o funcionamento habitual da clínica; é fundamental saber quem contactar, e quando, em caso de dúvidas ou problemas.

O tratamento de FIV exige não apenas muito tempo, mas também uma grande flexibilidade. Uma vez que é difícil prever a evolução e a duração da estimulação, as consultas de acompanhamento e até mesmo a punção para recolha dos óvulos não poderão ser marcadas com grande antecedência. É importante não esquecer este aspecto durante o mês do tratamento.


plano de tratamento

Existem diversos tipos e marcas de fármacos que poderão ser prescritos à mulher. Tudo dependerá da situação concreta e da política geral da clínica. De qualquer forma, a produção natural de hormonas terá de ser suprimida numa fase inicial, existindo, para tal, vários métodos possíveis.
A mulher começa então a tomar injecções diárias para estimular a produção de óvulos pelos ovários. O ideal será obter 10 (5 15) óvulos. A quantidade de fármacos (dose) necessária para atingir este objectivo terá sido previamente calculada. Porém, nem sempre é possível prever a reacção dos ovários logo desde o início. Se forem produzidos demasiados óvulos, o tratamento poderá ter de ser interrompido. Se a reacção for moderada, a dose poderá ser aumentada durante o tratamento, mas este poderá ser também interrompido se não existirem óvulos suficientes. Embora a interrupção do tratamento seja sempre uma desilusão, poderá sempre retirar algum conforto do facto desta experiência poder ser importante para melhorar as probabilidades de sucesso de um segundo tratamento de FIV.

As seguradoras nem sempre consideram que um ciclo de FIV interrompido corresponde a “uma tentativa”. É importante esclarecer previamente esta questão junto do médico.


consultas de acompanhamento

Os óvulos encontram-se em folículos cheios de líquido existentes nos ovários. O tamanho de um folículo constitui um indício da maturidade do óvulo. Durante o tratamento, a mulher terá de ir frequentemente às consultas para acompanhar a reacção dos ovários à terapêutica farmacológica através de ecografias vaginais. O tamanhos dos folículos será analisado em cada consulta para determinar a altura adequada para a punção. Poderão ser também realizadas análises ao sangue para determinar os valores hormonais.


punção

Quando os óvulos estiverem quase maduros, a ovulação é induzida artificialmente através de uma injecção de gonadotropina coriónica humana (HCG).

É crucial que esta injecção seja administrada correctamente e no momento exacto. Esta injecção estimula a fase final do processo de maturação dos óvulos, que são então expelidos pelos folículos. Os óvulos são extraídos através de uma punção aspirativa 36 horas após a injecção.

Este procedimento designa-se por punção folicular ou punção do ovário. A punção é realizada através da vagina com a ajuda de uma . Normalmente, é administrado um anestésico, mas tal varia de clínica para clínica. A sonda vaginal é equipada com um suporte muito fino para uma agulha. Uma agulha especial é então inserida neste suporte. Tanto a agulha como os folículos são visíveis no monitor da ecografia. Os folículos são perfurados com a agulha, um de cada vez e, seguidamente, aspirados (recolhidos). A mulher pode acompanhar o procedimento através das imagens no monitor, se o procedimento não for realizado sob anestesia geral.

Os óvulos e o líquido circundante são colocados num tubo, que é depois transferido para o laboratório. O procedimento completo demora geralmente meia hora. A punção em si demora aproximadamente cinco ou dez minutos, dependendo, entre outros factores, do número e da posição dos folículos. Só se saberá se foi possível obter alguns óvulos durante a punção e, em caso afirmativo, quantos óvulos foram obtidos, depois de o embriologista ter examinado o líquido extraído. O número de óvulos poderá ser inferior ao número de folículos perfurados, seja porque nem todos os folículos contêm um óvulo, seja porque alguns óvulos não estão suficientemente maduros.

A dor ou o desconforto provocados pela punção poderão variar de paciente para paciente mas, em geral, são bem tolerados. A paciente poderá sentir igualmente algum desconforto após o procedimento, pelo que é aconselhável não fazer planos para o resto do dia. Tal como qualquer outra intervenção médica invasiva, a punção acarreta algum risco de complicações. Duas complicações possíveis são hemorragias e infecção, mas a sua ocorrência é relativamente rara. Em geral, a recuperação é rápida.


fertilização

No laboratório, os embriologistas verificam se o líquido extraído do ovário contém óvulos. Os óvulos são classificados de acordo com o seu estado de maturação para determinar se são adequados para a fertilização. Se for utilizado esperma fresco, é solicitada uma amostra de esperma ao homem. Seguidamente, é realizado um espermograma e a amostra é lavada com uma solução nutritiva especial para isolar os espermatozóides com maior mobilidade.

Segue-se então a fertilização. O processo de fertilização utilizado depende da clínica e do tipo de infertilidade em causa. Num procedimento de FIV convencional, os espermatozóides são colocados numa placa juntamente com os óvulos.

·         No prazo de 18 horas, o embriologista poderá determinar se ocorreu ou não a fertilização.

·         No prazo de 24 a 72 horas, o embriologista poderá determinar se os embriões se estão a desenvolver.

Os espermatozóides e os óvulos são colocados em meios de cultura com soluções nutritivas especiais para maximizar as probabilidades de fertilização. Na FIV convencional, cada placa contém um óvulo e, pelo menos, 50.000 espermatozóides. Os embriões são então deixados no laboratório durante 2 a 7 dias para crescerem e se dividirem em várias células (cultura de embriões).


 

transferência do embrião

Após a punção, são frequentemente prescritos fármacos para preparar o útero para a transferência do embrião. A transferência do embrião é realizada normalmente dois ou três dias após a fertilização, podendo ocorrer até ao 7º dia. A qualidade dum embrião é avaliada de acordo com critérios especiais.

Os embriões podem ser classificados em diferentes categorias em função da sua qualidade. Um bom embrião ou um embrião perfeito é aquele que o embriologista considera ter boas probabilidades de implantação. Se um embrião for classificado como “mau”, a implantação será, em teoria, pouco provável, mas não impossível. Se este tipo de embrião se implantar, poderá desenvolver-se normalmente e dar origem a um bebé saudável.

Porém, em regra, apenas é possível avaliar as características externas dos embriões. Nalguns casos, é possível realizar um  antes da sua transferência para o útero.

O melhor embrião ou, no máximo, os dois melhores embriões, são transferidos para o útero da mulher. A transferência é realizada mediante a introdução de um fino tubo, ou cateter, através do colo uterino. A profundidade do útero é previamente medida para determinar o local exacto para a transferência.

A transferência de vários embriões aumenta o risco de partos múltiplos. Por conseguinte, são adoptadas normas de transferência rigorosas (ver adiante) para tentar limitar o número de gémeos e partos múltiplos, dado que, nestes casos, é mais provável que surjam complicações. O número máximo de embriões que podem ser transferidos sem riscos inaceitáveis depende da idade da mulher, da qualidade dos embriões e da taxa de sucesso do programa em causa.

Por vezes, o embrião é transferido após cinco a sete dias. Desta forma, o embrião teve mais tempo para se desenvolver e passa a designar-se por blastocisto. Durante este período adicional, os embriologistas têm a oportunidade de identificar, com maior precisão, os embriões com melhor qualidade para serem transferidos. A transferência de menos embriões, mas de melhor qualidade, aumenta a probabilidade de sucesso do procedimento e  diminui o risco de gravidez múltipla. Nem todos os embriões que começam o processo de fertilização darão origem a um blastocisto. Em média, 40 a 50% dos embriões fertilizados transformam-se em blastocistos, pelo que o adiamento da transferência assegura, em teoria, a “sobrevivência do mais forte”.


embriões congelados (criopreservação)

Na eventualidade de não serem transferidos todos os embriões, os que restarem poderão ser congelados no laboratório. Apenas é possível congelar embriões de boa qualidade. É necessário que os embriões estejam em condições de serem congelados e, depois do descongelamento, de serem transferidos para o útero num ciclo posterior. Por este motivo, é adoptado um rigoroso procedimento de selecção, o que significa que, geralmente, apenas 10 -15% dos embriões excedentários possuem qualidade suficiente para serem congelados. O casal tem de celebrar um contrato de criopreservação com o laboratório, no qual são estabelecidas as condições de armazenamento. No início do tratamento de FIV, os dois membros do casal terão realizado análises ao sangue para detectar determinadas doenças infecciosas. Se estas análises forem positivas, não será possível congelar quaisquer embriões.

Após o descongelamento, os embriões podem ser transferidos durante um ciclo menstrual normal ou durante o que se designa por “ciclo de transferência de embriões congelados (TEC)”, no qual a mulher se submete a um tratamento hormonal para preparar o útero para uma possível implantação. Importa não esquecer que, se a qualidade dos embriões descongelados não for suficiente, estes poderão já não ter capacidade de implantação.

As probabilidades de sucesso com a transferência de embriões congelados são menores do que com a transferência de embriões “frescos”, mas, ainda assim, esta técnica proporciona à mulher mais uma oportunidade de engravidar e implica menos stress. Muitas seguradoras não consideram que a criopreservação de embriões e o procedimento de FIV sejam tratamentos distintos, mas é importante confirmar este facto com a vossa seguradora.

As opiniões do casal sobre o congelamento e preservação de embriões são algo muito pessoal. Os aspectos éticos são, por vezes, motivo de discussão e é importante que ambos decidam, em conjunto, se desejam ou não aproveitar esta oportunidade antes de iniciarem o tratamento de FIV/ICSI.





As principais fases do tratamento de FIV são as seguintes:




 
 

·        Estimulação dos ovários

Uma vez que a FIV requer vários óvulos para maximizar as probabilidades de fertilização, os ovários


são estimulados com uma terapêutica farmacológica.

·         Aspiração dos óvulos (punção do ovário)

Quando os óvulos estão maduros, são recolhidos (aspirados) normalmente através de uma punção realizada por via vaginal. 

·         Fertilização

Depois de serem aspirados dos ovários, os óvulos são encaminhados para o laboratório onde são colocados em meio de cultura, juntamente com os espermatozóides. É nesta fase que ocorre a fertilização.

·         Transferência dos óvulos fertilizados para o útero (transferência de embriões)

Um ou dois, excepcionalmente três, embriões (óvulos fertilizados) são transferidos para o útero, 2 a 7 dias após a punção.

·         O resultado
Decorridas duas semanas, é possível saber se o tratamento foi bem sucedido.




§  punção




preparação

Assim que um casal é colocado na lista de espera para a FIV, é marcada uma consulta aprofundada. Nesta consulta, o médico explicará o procedimento (e fornecerá material informativo) e o casal terá obviamente a oportunidade de fazer perguntas. É fundamental que ambos os membros do casal esclareçam as suas dúvidas antes do início do tratamento. Serão também fornecidas informações sobre o modo de utilização das várias terapêuticas farmacológicas necessárias e, eventualmente, sobre o seu modo de administração.

Os exames preliminares serão também discutidos com o casal. Estes exames poderão incluir, por exemplo, análises sanguíneas adicionais (para rastreio de doenças infecciosas ou avaliação dos níveis hormonais) ou outro espermograma. No caso do tratamento de ICSI, será necessária uma amostra de sangue do homem para a realização de mais testes genéticos (estudos cromossómicos).

Serão também fornecidas ao casal mais informações sobre o funcionamento habitual da clínica; é fundamental saber quem contactar, e quando, em caso de dúvidas ou problemas.

O tratamento de FIV exige não apenas muito tempo, mas também uma grande flexibilidade. Uma vez que é difícil prever a evolução e a duração da estimulação, as consultas de acompanhamento e até mesmo a punção para recolha dos óvulos não poderão ser marcadas com grande antecedência. É importante não esquecer este aspecto durante o mês do tratamento.


plano de tratamento

Existem diversos tipos e marcas de fármacos que poderão ser prescritos à mulher. Tudo dependerá da situação concreta e da política geral da clínica. De qualquer forma, a produção natural de hormonas terá de ser suprimida numa fase inicial, existindo, para tal, vários métodos possíveis.
A mulher começa então a tomar injecções diárias para estimular a produção de óvulos pelos ovários. O ideal será obter 10 (5 15) óvulos. A quantidade de fármacos (dose) necessária para atingir este objectivo terá sido previamente calculada. Porém, nem sempre é possível prever a reacção dos ovários logo desde o início. Se forem produzidos demasiados óvulos, o tratamento poderá ter de ser interrompido. Se a reacção for moderada, a dose poderá ser aumentada durante o tratamento, mas este poderá ser também interrompido se não existirem óvulos suficientes. Embora a interrupção do tratamento seja sempre uma desilusão, poderá sempre retirar algum conforto do facto desta experiência poder ser importante para melhorar as probabilidades de sucesso de um segundo tratamento de FIV.

As seguradoras nem sempre consideram que um ciclo de FIV interrompido corresponde a “uma tentativa”. É importante esclarecer previamente esta questão junto do médico.


consultas de acompanhamento

Os óvulos encontram-se em folículos cheios de líquido existentes nos ovários. O tamanho de um folículo constitui um indício da maturidade do óvulo. Durante o tratamento, a mulher terá de ir frequentemente às consultas para acompanhar a reacção dos ovários à terapêutica farmacológica através de ecografias vaginais. O tamanhos dos folículos será analisado em cada consulta para determinar a altura adequada para a punção. Poderão ser também realizadas análises ao sangue para determinar os valores hormonais.


punção

Quando os óvulos estiverem quase maduros, a ovulação é induzida artificialmente através de uma injecção de gonadotropina coriónica humana (HCG).

É crucial que esta injecção seja administrada correctamente e no momento exacto. Esta injecção estimula a fase final do processo de maturação dos óvulos, que são então expelidos pelos folículos. Os óvulos são extraídos através de uma punção aspirativa 36 horas após a injecção.

Este procedimento designa-se por punção folicular ou punção do ovário. A punção é realizada através da vagina com a ajuda de uma . Normalmente, é administrado um anestésico, mas tal varia de clínica para clínica. A sonda vaginal é equipada com um suporte muito fino para uma agulha. Uma agulha especial é então inserida neste suporte. Tanto a agulha como os folículos são visíveis no monitor da ecografia. Os folículos são perfurados com a agulha, um de cada vez e, seguidamente, aspirados (recolhidos). A mulher pode acompanhar o procedimento através das imagens no monitor, se o procedimento não for realizado sob anestesia geral.

Os óvulos e o líquido circundante são colocados num tubo, que é depois transferido para o laboratório. O procedimento completo demora geralmente meia hora. A punção em si demora aproximadamente cinco ou dez minutos, dependendo, entre outros factores, do número e da posição dos folículos. Só se saberá se foi possível obter alguns óvulos durante a punção e, em caso afirmativo, quantos óvulos foram obtidos, depois de o embriologista ter examinado o líquido extraído. O número de óvulos poderá ser inferior ao número de folículos perfurados, seja porque nem todos os folículos contêm um óvulo, seja porque alguns óvulos não estão suficientemente maduros.

A dor ou o desconforto provocados pela punção poderão variar de paciente para paciente mas, em geral, são bem tolerados. A paciente poderá sentir igualmente algum desconforto após o procedimento, pelo que é aconselhável não fazer planos para o resto do dia. Tal como qualquer outra intervenção médica invasiva, a punção acarreta algum risco de complicações. Duas complicações possíveis são hemorragias e infecção, mas a sua ocorrência é relativamente rara. Em geral, a recuperação é rápida.


fertilização

No laboratório, os embriologistas verificam se o líquido extraído do ovário contém óvulos. Os óvulos são classificados de acordo com o seu estado de maturação para determinar se são adequados para a fertilização. Se for utilizado esperma fresco, é solicitada uma amostra de esperma ao homem. Seguidamente, é realizado um espermograma e a amostra é lavada com uma solução nutritiva especial para isolar os espermatozóides com maior mobilidade.

Segue-se então a fertilização. O processo de fertilização utilizado depende da clínica e do tipo de infertilidade em causa. Num procedimento de FIV convencional, os espermatozóides são colocados numa placa juntamente com os óvulos.

·         No prazo de 18 horas, o embriologista poderá determinar se ocorreu ou não a fertilização.

·         No prazo de 24 a 72 horas, o embriologista poderá determinar se os embriões se estão a desenvolver.

Os espermatozóides e os óvulos são colocados em meios de cultura com soluções nutritivas especiais para maximizar as probabilidades de fertilização. Na FIV convencional, cada placa contém um óvulo e, pelo menos, 50.000 espermatozóides. Os embriões são então deixados no laboratório durante 2 a 7 dias para crescerem e se dividirem em várias células (cultura de embriões).


 

transferência do embrião

Após a punção, são frequentemente prescritos fármacos para preparar o útero para a transferência do embrião. A transferência do embrião é realizada normalmente dois ou três dias após a fertilização, podendo ocorrer até ao 7º dia. A qualidade dum embrião é avaliada de acordo com critérios especiais.

Os embriões podem ser classificados em diferentes categorias em função da sua qualidade. Um bom embrião ou um embrião perfeito é aquele que o embriologista considera ter boas probabilidades de implantação. Se um embrião for classificado como “mau”, a implantação será, em teoria, pouco provável, mas não impossível. Se este tipo de embrião se implantar, poderá desenvolver-se normalmente e dar origem a um bebé saudável.

Porém, em regra, apenas é possível avaliar as características externas dos embriões. Nalguns casos, é possível realizar um  antes da sua transferência para o útero.

O melhor embrião ou, no máximo, os dois melhores embriões, são transferidos para o útero da mulher. A transferência é realizada mediante a introdução de um fino tubo, ou cateter, através do colo uterino. A profundidade do útero é previamente medida para determinar o local exacto para a transferência.

A transferência de vários embriões aumenta o risco de partos múltiplos. Por conseguinte, são adoptadas normas de transferência rigorosas (ver adiante) para tentar limitar o número de gémeos e partos múltiplos, dado que, nestes casos, é mais provável que surjam complicações. O número máximo de embriões que podem ser transferidos sem riscos inaceitáveis depende da idade da mulher, da qualidade dos embriões e da taxa de sucesso do programa em causa.

Por vezes, o embrião é transferido após cinco a sete dias. Desta forma, o embrião teve mais tempo para se desenvolver e passa a designar-se por blastocisto. Durante este período adicional, os embriologistas têm a oportunidade de identificar, com maior precisão, os embriões com melhor qualidade para serem transferidos. A transferência de menos embriões, mas de melhor qualidade, aumenta a probabilidade de sucesso do procedimento e  diminui o risco de gravidez múltipla. Nem todos os embriões que começam o processo de fertilização darão origem a um blastocisto. Em média, 40 a 50% dos embriões fertilizados transformam-se em blastocistos, pelo que o adiamento da transferência assegura, em teoria, a “sobrevivência do mais forte”.


embriões congelados (criopreservação)

Na eventualidade de não serem transferidos todos os embriões, os que restarem poderão ser congelados no laboratório. Apenas é possível congelar embriões de boa qualidade. É necessário que os embriões estejam em condições de serem congelados e, depois do descongelamento, de serem transferidos para o útero num ciclo posterior. Por este motivo, é adoptado um rigoroso procedimento de selecção, o que significa que, geralmente, apenas 10 -15% dos embriões excedentários possuem qualidade suficiente para serem congelados. O casal tem de celebrar um contrato de criopreservação com o laboratório, no qual são estabelecidas as condições de armazenamento. No início do tratamento de FIV, os dois membros do casal terão realizado análises ao sangue para detectar determinadas doenças infecciosas. Se estas análises forem positivas, não será possível congelar quaisquer embriões.

Após o descongelamento, os embriões podem ser transferidos durante um ciclo menstrual normal ou durante o que se designa por “ciclo de transferência de embriões congelados (TEC)”, no qual a mulher se submete a um tratamento hormonal para preparar o útero para uma possível implantação. Importa não esquecer que, se a qualidade dos embriões descongelados não for suficiente, estes poderão já não ter capacidade de implantação.

As probabilidades de sucesso com a transferência de embriões congelados são menores do que com a transferência de embriões “frescos”, mas, ainda assim, esta técnica proporciona à mulher mais uma oportunidade de engravidar e implica menos stress. Muitas seguradoras não consideram que a criopreservação de embriões e o procedimento de FIV sejam tratamentos distintos, mas é importante confirmar este facto com a vossa seguradora.

As opiniões do casal sobre o congelamento e preservação de embriões são algo muito pessoal. Os aspectos éticos são, por vezes, motivo de discussão e é importante que ambos decidam, em conjunto, se desejam ou não aproveitar esta oportunidade antes de iniciarem o tratamento de FIV/ICSI.


Fonte http://saude.terra.com.br/gestacao/conheca-passo-a-passo-o-processo-da-fertilizacao-in-vitro,2008a124b624d310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.ht acedido em 14-10-13

 http://www.ghente.org/temas/reproducao/art_fiv.htm


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